O que é Educação
Permanente em Saúde?
É política de formação que vem
nortear as ações de Desenvolvimento do Grupo de Seleção e Desenvolvimento de
Recursos Humanos/ CRH. A Educação Permanente em Saúde promove processos
formativos estruturados a partir da problematização do seu processo de trabalho,
cujo objetivo é a transformação das práticas profissionais e da própria
organização do trabalho, tomando como referência as necessidades de saúde das
pessoas e das populações, da gestão setorial e o controle social em saúde.
Na proposta da educação
permanente, a capacitação das equipes, os conteúdos das ações formativas, as
tecnologias e metodologia a serem utilizadas devem ser determinados a partir da
observação dos problemas que ocorrem no dia a dia do trabalho e que precisam
ser solucionados para que os serviços prestados ganhem qualidade, e os usuários
fiquem satisfeitos com a atenção prestada.
É a partir da problematização do
processo e da qualidade do trabalho em cada serviço de saúde, que são
identificadas as necessidades de capacitação, garantindo a aplicabilidade e a
relevância dos conteúdos, método e tecnologias estabelecidas. A Educação
Permanente se baseia na aprendizagem significativa, ou seja, ela acontece no
cotidiano das pessoas e das organizações. Geralmente isso ocorre quando o conhecimento
novo é construído a partir de um diálogo que já sabíamos antes.
As demandas por capacitação não
se definem somente a partir de uma lista de necessidades individuais de
atualização, nem das orientações dos níveis centrais, mas prioritariamente a
partir dos problemas de organização do trabalho, considerando a necessidade de
prestar atenção relevante e de qualidade.
Transformar a formação e gestão
do trabalho em saúde envolve mudanças nas relações, nos processos, nos atos de
saúde e principalmente nas pessoas. São questões tecno-políticas e implicam a
articulação de ações para dentro e para fora das instituições de saúde.
Como surgiu a
Política Nacional de Educação Permanente
em Saúde(PNEPS)?
A atual Política do governo
reconhece e valoriza o trabalho humano em todas as suas dimensões. No campo da
saúde, a valorização foi marcada em 2003 com a criação da Secretaria de Gestão
do trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), no Ministério da Saúde, que assumiu
a responsabilidade de formular políticas orientadoras da gestão, formação,
qualificação e regulação dos trabalhadores da saúde no Brasil.
Em 2004, a Portaria GM 198 de
13/02/2004 institui a Política Nacional
de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) com a proposição de transformar e
qualificar as práticas de formação, atenção, gestão, controle social/participação
popular; a organização dos serviços de saúde e os respectivos processos de
trabalho; as práticas pedagógicas de formação e desenvolvimento dos
trabalhadores de saúde.
Neste sentido, a PNEPS é
instituída diante um grande desafio: romper com a lógica da repetição e
fragmentação dos cursos de capacitação desenvolvidos, de forma vertical e
programática, que gera frustração nos profissionais que não conseguem aplicar o
conhecimento adquirido nos cursos, uma vez que falta a discussão dos elementos da realidade concreta do seu
dia-a-dia.
A portaria 198 recomendou a
implantação dos Pólos de Educação Permanente em Saúde (PEPS) para viabilizar a
referida política em âmbito nacional.
A portaria 198 recomendou a
implantação dos Pólos de Educação Permanente em Saúde (PEPS) para viabilizar a
referida política em âmbito nacional.
O MS/SGETS, por meio da Portaria
1996 - (agosto, 2007), define novas diretrizes e estratégias para a implementação
da EP, adequando diretrizes operacionais ao regulamento do Pacto pela Saúde. A
nova Portaria define o financiamento descentralizado para as Secretarias
Estaduais com maior autonomia dos gestores municipais de saúde. A mesma também
transforma os Pólos em Comissões Permanentes de Integração (CIES), recomendando
que essa nova configuração considere as especificidades regionais, as
necessidades de ações formais de Educação na saúde.
Quando haverá inscrições ?
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