terça-feira, 15 de setembro de 2009

INFLUENZA A (H1N1), RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICA PARA AS MULHERES GRÁVIDAS


INFLUENZA A (H1N1), RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICA PARA AS MULHERES GRÁVIDAS
Secretária da Saúde do Estado da Bahia (Sesab)

As mulheres em período de gestação, devido às modificações de sua resposta imunológica, próprias do estado gestacional e com objetivo de tolerar os antígenos paternos fetais, apresentam uma mudança na resposta imunológica com supressão da resposta celular e manutenção da resposta humoral.
Isto ocorre principalmente na interface materno-fetal, contudo a resposta sistêmica às infecções é afetada. Apesar das grávidas não serem definidas como imunodeprimidas, as alterações imunológicas podem induzir a um estado de maior suscetibilidade a patógenos intracelulares incluindo vírus, bactérias intracelulares e parasitas1.
As mulheres gestantes apresentam alterações mecânicas e hormonais, levando a alterações no sistema cardiovascular e pulmonar, com aumento da freqüência cardíaca, volume sanguíneo, consumo de oxigênio e redução da capacidade pulmonar.
A mecânica respiratória devido ao aumento da pressão intra-abdominal, pelo aumento do volume interino em decorrência do crescimento do concepto, notadamente no último trimestre de gravidez, aumenta o risco para desenvolvimento de complicações e óbito relacionado à influenza. Estes riscos são acrescidos, se a gestante é portadora de doenças crônicas, como: asma brônquica, cardiopatias, nefropatias, hemoglobinopatias, doenças auto imunes ou condições de imunodepressão.
Nas duas últimas pandemias (1918/19 e 1957/58), as mulheres gestantes apresentavam um risco maior de complicação, com maior mortalidade no terceiro trimestre. Durante o período interpandêmico não é observada esta mortalidade, contudo estas mulheres tem maior risco de complicação durante a epidemia de influenza sazonal, principalmente no segundo e terceiro trimestres 1,2,3,4.

Em decorrência de tudo o que foi discutido acima, a Secretaria da Saúde do Estado (SESAB) recomenda que:
1 – Gestantes que trabalham em serviços de saúde onde o risco de contaminação pelo vírus influenza é maior, como: Urgências/Emergências, Unidade de Terapia Intensiva Geral, ou outros que ofereçam maior risco de contaminação, sejam transferidas temporariamente, até o final da gravidez ou da pandemia, para serviços onde não estejam expostas a pacientes com síndrome gripal.
2 – Gestantes que trabalham em estabelecimentos de ensino, como escolas, creches, colégios, faculdades, dentre outros, sejam transferidas temporariamente, até o final da gravidez ou da pandemia, para serviços onde não estejam expostas a alunos com síndrome gripal.
3 – Os gestores de outros serviços, onde existam gestantes que exerçam atividade em contato direto com público, devem adotar medidas para reduzir o risco de infecção por Influenza, minimizando a sua exposição a indivíduos sintomáticos respiratórios, transferindo para locais sem contato direto com o publico, e promovendo condições para adoção de medidas preventivas, como: higiene das mãos, limpeza e ventilação do ambiente, dentre outras.
4- Gestantes devem evitar exposição a aglomerações de pessoas, como: cinemas, teatros, shopping e outros.
Fonte: http://www.saude.ba.gov.br/divep/GripeSuina
* Para saber mais informações sobre a Influenza A : http://www.saude.ba.gov.br/divep/GripeSuina/Boletim%20Influenza%20H1N1%20BA%20Nº%2009%20(set%202009).pdf
Ministério da Saúde www.saude.gov.br.

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