O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou nesta terça-feira (26) a estratégia nacional de enfrentamento contra Influenza A (H1N1). Um dos principais pilares dessa estratégia, ao lado do reforço na rede de assistência, será a vacinação para públicos prioritários, em quatro etapas, entre 8 de março e 7 de maio. O objetivo da ação não é evitar a disseminação do vírus, que já está presente em 209 países, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mas manter os serviços de saúde funcionando e reduzir o número de casos graves e óbitos. A expectativa é imunizar pelo menos 62 milhões de pessoas contra a gripe pandêmica. Uma parte das 83 milhões de doses da vacina adquirida pelo Ministério da Saúde será reservada para o caso de haver alterações epidemiológicas ao longo do inverno e eventual necessidade de ampliar o público-alvo.
A estratégia definida pelo Ministério da Saúde foi aprovada por entidades que representam profissionais de saúde e especialistas. Representantes de 13 dessas instituições participaram de reunião com o ministro José Gomes Temporão durante a manhã desta terça-feira (26), antes do anúncio das diretrizes adotadas pelo Brasil para o enfrentamento da pandemia. “Essa é uma estratégia completa que inclui a vacina, um instrumento poderoso para o controle da doença, e recursos para fortalecer a atenção básica, ampliar o número de leitos de UTI e aumentar o estoque de medicamentos para o tratamento da doença”, afirma Temporão. “A estratégia é produto de uma grande discussão e debate com as próprias sociedades especialistas e ouve um consenso em relação ao que foi definido”, acrescenta.
Cada uma das fases da estratégia de vacinação estará voltada a um público específico: trabalhadores da rede de atenção à saúde e profissionais envolvidos na resposta à pandemia, indígenas, gestantes, pessoas com doenças crônicas e obesidade grau 3 - antiga obesidade mórbida, crianças de seis meses a dois anos e adultos de 20 a 29 anos .
As quatro etapas da vacinação terminam antes do início do inverno no país, quando é registrado o maior número de casos de gripe.
Os 26 estados e o Distrito Federal receberão um número de doses proporcional à população dos grupos prioritários. Caberá às Secretarias Estaduais de Saúde distribuir as vacinas aos municípios, obedecendo ao mesmo critério. As secretarias estaduais e municipais de Saúde vão definir conjuntamente os locais de vacinação.
A imunização será realizada ao mesmo tempo em todo o país. São 36 mil salas de vacina, nos 26 estados e no DF. As pessoas dos grupos indicados devem comparecer às unidades de saúde com a carteirinha de vacinação e documento de identidade. A vacina é contra-indicada a quem tem alergia a ovo.
A imunização será realizada ao mesmo tempo em todo o país. São 36 mil salas de vacina, nos 26 estados e no DF. As pessoas dos grupos indicados devem comparecer às unidades de saúde com a carteirinha de vacinação e documento de identidade. A vacina é contra-indicada a quem tem alergia a ovo.
DEFINIÇÃO DE GRUPOS – A vacinação de grupos prioritários segue parâmetros da OMS, que recomenda a imunização de trabalhadores de serviços de saúde, indígenas, gestantes e pessoas com doenças crônicas. Mas o governo brasileiro foi além e, com base em critérios epidemiológicos, optou por acrescentar outros dois grupos: crianças entre 6 meses e 2 anos e adultos de 20 a 29 anos. No mundo, além do Brasil, apenas alguns países, como Estados Unidos e Canadá, optaram por imunizar grupos saudáveis. A análise dos dados da primeira onda pandêmica no Brasil demonstra que esses grupos apresentaram as duas maiores proporções de casos graves de doença respiratória. Entre 25 de abril e 31 de dezembro de 2009, foram 39.679 casos de doença respiratória grave e 1.705 óbitos em todo o Brasil.
Os grupos prioritários foram definidos pelo Ministério da Saúde em parceria com sociedades científicas, Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB), Associação Brasileira de Enfermagem (ABEN), Conselhos de Secretários Estaduais (CONASS) e Municipais (CONASEMS) de Saúde e o Grupo Assessor do Programa Nacional de Imunizações. A observação da segunda onda pandêmica no Hemisfério Norte também foi um critério levado em conta. Além dessas entidades, participaram da reunião com o ministro antes do anúncio da estratégia de enfrentamento da segunda onda da nova gripe no país a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, as sociedades brasileiras de Cardiologia, de Endocrinologia e Metabologia, de Imunização, de Infectologia, de Medicina da Família e Comunidade, de Pediatria, de Pneumologia e Tisiologia e o Núcleo de Educação e Saúde Coletiva.
Os grupos prioritários foram definidos pelo Ministério da Saúde em parceria com sociedades científicas, Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB), Associação Brasileira de Enfermagem (ABEN), Conselhos de Secretários Estaduais (CONASS) e Municipais (CONASEMS) de Saúde e o Grupo Assessor do Programa Nacional de Imunizações. A observação da segunda onda pandêmica no Hemisfério Norte também foi um critério levado em conta. Além dessas entidades, participaram da reunião com o ministro antes do anúncio da estratégia de enfrentamento da segunda onda da nova gripe no país a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, as sociedades brasileiras de Cardiologia, de Endocrinologia e Metabologia, de Imunização, de Infectologia, de Medicina da Família e Comunidade, de Pediatria, de Pneumologia e Tisiologia e o Núcleo de Educação e Saúde Coletiva.
ETAPAS DE VACINAÇÃO — A primeira fase da vacinação, de 8 a 19 de março, imunizará os trabalhadores da rede de atenção à saúde e profissionais envolvidos na resposta à pandemia e a população indígena. Entre os trabalhadores, estão médicos, enfermeiros, recepcionistas, pessoal de limpeza e segurança, motoristas de ambulância, equipes de laboratório e profissionais que atuam na investigação epidemiológica. A vacinação dos indígenas abrangerá a totalidade da população que vive em aldeias e será realizada em parceria com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). A segunda etapa, entre 22 de março e 2 de abril, abrangerá grávidas em qualquer período de gestação, pessoas com problemas crônicos (exceto idosos, que serão chamados posteriormente) e crianças de seis meses a dois anos. Na lista, entram doenças do coração, pulmão, fígado, rins e sangue; diabéticos, pessoas com debilitação do sistema imunológico e obesos grau 3 - os antigos obesos mórbidos. As gestantes começam a ser imunizadas nesse período e poderão tomar a vacina em qualquer outra etapa. As crianças de 6 meses a 2 anos devem receber meia dose da vacina e, depois de 21 dias, poderão tomar a outra meia dose. Adultos de 20 a 29 anos são o público-alvo da terceira fase, que vai de 5 a 23 de abril. A quarta e última etapa, de 24 de abril a 7 de maio, coincide com a campanha anual de vacinação contra a gripe comum. Nesse período, os idosos serão imunizados para a influenza sazonal, como todos os anos. Se tiverem doenças crônicas, receberão também a vacina contra a gripe pandêmica. A estratégia foi elaborada de forma que a população dessa faixa etária se dirija aos locais de vacinação apenas uma vez. Estarão disponíveis 22,3 milhões de doses de vacina contra gripe comum para imunizar 19 milhões de idosos. Juntamente com os 62 milhões de pessoas que devem tomar a vacina contra a gripe pandêmica, a população imunizada para influenza no Brasil em 2010 chegará a 81 milhões de pessoas. Se houver alterações na situação epidemiológica e disponibilidade da vacina, outros grupos poderão ser vacinados numa quinta etapa da estratégia de imunização.
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